Estamos encerrando no mês de dezembro o terceiro ano da nossa gestão. Os últimos anos não foram nada fáceis tanto para os trabalhadores (as) quanto para os sindicatos. Desde os cortes orçamentários ocorridos na Reforma Trabalhista, temos o desafio de manter o Sindicato funcionando com poucas fontes de recursos. Podemos somar a este fato que desde 2016, observa-se um grande ataque a classe trabalhadora, seus direitos e a pouca abertura para acordos e debates. A ampliação das possibilidades de terceirização, o esforço das companhias para diluir a força sindical e o derradeiro ataque às aposentadorias se somaram a pandemia de COVID-19 e dificultaram ainda mais a vida de quem realmente produz neste país. Saúde pública, transporte, segurança ocupacional... Esses foram apenas alguns dos temas levantados e defendidos pelo SITRAMICO-RJ. Nos tempos mais difíceis só avançamos se estivermos juntos. Na janela de dois anos de pandemia, contamos com as denuncias dos trabalhadores e a fiscalização dos Diretores do SITRAMICO-RJ para garantir os devidos cuidados. Num tempo de negacionismo e boicote à vacina, o nosso compromisso com a vida de todos é fundamental. Tem sido difícil, mas estamos conseguindo avançar. No próximo dia 10 de dezembro, a Sede de Teresópolis será reaberta. Além disso, com o apoio incondicional dos Diretores, Assessores e Funcionários do SITRAMICO-RJ conseguimos sobreviver a tantas adversidades. Em nome da Diretoria do SITRAMICO-RJ, congratulo todos os trabalhadores e trabalhadoras, funcionários e colaboradores por mais um ano de luta juntos! O ano de 2022 foi um ano de muitos desafios e ataques às nossas conquistas. Políticos apresentaram falsas promessas ideológicas para tirar na caneta os nossos direitos. O trabalhador não é um gasto e sim o principal responsável pelos lucros exorbitantes das empresas! Pleno emprego e salário digno não podem ser vistos como privilégios e sim como um direito básico de todos. Como sempre, resistimos e vamos continuar na resistência! A vitória só é possível com todos na luta. Nunca foi fácil para os trabalhadores, mas não podemos esquecer das nossas conquistas, das nossas raízes. Os nossos direitos foram conquistados com muita luta, por isso são garantidos por força de lei. Não se enganem ... nada foi dado. Cada palavra dos acordos e convenções coletivas foram conquistados com muitas lutas!
Ubiraci Pinho
Em 8 de agosto de 1931, uma reunião de poucos trabalhadores deu origem ao SITRAMICO-RJ. Um sindicato que mudou a vida de milhões de pessoas em 90 anos de história. Presentes em diferentes contextos econômicos e sociais do país, acompanhamos de perto as transformações no mundo do trabalho. Sempre ao lado dos trabalhadores, lutamos bravamente contra as imposições de grandes conglomerados empresariais em busca da garantia de uma vida digna e de melhores condições de trabalho e renda. Por todos e para todos! Nossa luta é inclusiva! Mesmo após diferentes investidas contra movimentos populares organizados, continuamos firmes na luta!
Muito obrigado por estarem conosco e confiarem no nosso trabalho!
No início de maio de 1886, 12 manifestantes foram mortos pela polícia de Chicago e dezenas pessoas ficaram feridas, em uma sequência de protestos que fizeram parte de uma grande greve geral pela redução da jornada de trabalho para 8 horas. Desde então, a data 1° de maio serve para lembrar a luta dos trabalhadores contra a opressão do capital. Exatos 135 anos depois, a luta pela dignidade e pela vida dos trabalhadores ainda se mantém. O avanço da chamada plataformização do trabalho, tem apresentado efeitos nefastos para diversas categorias.
A ofensiva contra grupos populares, a exemplo dos Sindicatos, tem como único objetivo o barateamento e a exploração máxima da mão de obra. Somado à pandemia de Covid-19, a busca pelo barateamento e flexibilização dos contratos de trabalho pelas empresas, chancelada pelo governo e pelo congresso desde 2017, na Reforma Trabalhista tem corroído o orçamento das famílias e gerado um grande abismo social. Na época da aprovação do texto, ao mesmo tempo que o congresso aumentou o poder das negociações coletivas feitas pelos Sindicatos, também limitou formas de arrecadação das entidades. A ideia aqui é clara: há uma busca pelo enfraquecimento das instituições populares para que seja possível passar toda a sorte de proposta nefasta apresentada pelas empresas.